O imaginário coletivo na mídia: uma análise sensível da cobertura do telejornal na transposição das águas do Velho Chico
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2019.213.08Resumo
Este artigo analisa ou descreve como a mídia, em especial o telejornal, compartilha dos elementos míticos e simbólicos presentes na coletividade, compreendendo que por trás de uma técnica utilitária está presente uma razão sensível que ultrapassa uma lógica positivista e cartesiana. Para tanto, o objeto de estudo foi a cobertura de uma greve de fome realizada pelo Bispo Flávio Cáppio, no ano de 2007, contra a transposição das águas do rio São Francisco. São analisadas a narrativa e as imagens de duas reportagens sobre a transposição do “Velho Chico”, a fim de verificar o diálogo presente no processo de midiatização e a construção dessas imagens símbolos. A análise foi fundamentada na teoria do imaginário de Gibert Durand (1988), o Imaginário Social proposto por Michel Maffesoli (2001) e a narrativa jornalística a partir das ideias de Motta (2006). Foi verificado que o protesto encabeçado pelo religioso despertou um sentimento que ultrapassa o discurso racional e técnico e produziu novas formas de perceber o real, estimulando diretamente o imaginário social da escassez e falta d’água, já presente tanto na literatura quanto nas produções cinematográficas, e que a cada ano ganha mais força com as políticas de preservação dos rios e mananciais.
Palavras-chave: Imaginário. Telejornalismo. Midiatização. Transposição.
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