O GNT entra em uma Saia Justa: articulações entre identidade de marca e relações de gênero

Autores

  • Tess Chamusca Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2019.212.08

Resumo

Este trabalho analisa um momento de transição na trajetória do GNT entre canal de notícias e emissora dedicada ao “universo feminino” a partir do contexto de estreia do programa Saia Justa, que foi veiculado pela primeira vez em 17 de abril de 2002. O artigo tem o objetivo de investigar como, ao propor uma discussão entre quatro mulheres famosas sobre temas do cotidiano e da atualidade, a atração articula disputas em torno das marcas identitárias do canal GNT, do programa de debates e das feminilidades. Como referencial teórico-metodológico, o texto se fundamenta em uma concepção de identidade de marca enquanto resultado de uma interação entre lógicas industriais, formas expressivas e expectativas da audiência, a partir de Johnson (2012, 2007) e Gutmann (2015). As relações de gênero são interpretadas com base nas reflexões de Scott (1995), Butler (2001, 2008) e Collins (2017). Conclui-se que o GNT busca uma distinção incluindo no programa Saia Justa marcas do jornalismo e a figura de uma “mulher contemporânea” que, embora se coloque como um diferencial frente ao que a televisão oferecia ao público feminino, reitera o casamento, a vaidade e a delicadeza como valores desejáveis.

Palavras-chave: GNT. Saia Justa. Programa de debate.

Biografia do Autor

Tess Chamusca, Universidade Federal da Bahia

Doutoranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA) e integrante do Centro de Pesquisa Estudos Culturais e Transformações na Comunicação (TRACC)

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Publicado

2019-08-04

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres