Resistência à narrativa publicitária: por um regime discursivo dialógico

Autores

  • Fábio Hansen Universidade Federal do Paraná | UFPR

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2018.201.02

Resumo

Neste texto buscamos refletir sobre o funcionamento discursivo na publicidade a partir da resistência do público consumidor, em um movimento de desajuste às regras do jogo publicitário. O objetivo é examinar as reconfigurações experimentadas pela publicidade na perspectiva teórica da ciberpublicidade. Os raciocínios construídos são alicerçados em pesquisa bibliográfica, documental e empírica; esta última operacionalizada pelo diálogo com profissionais de publicidade. Adotando por base a Análise de Discurso de linha francesa, de orientação pecheutiana, pensamos o discurso de resistência como lógica da inversão e de efeitos discursivos de deslocamento, desviando o sentido em certa direção, de acordo com a tomada de posição dos sujeitos. Assim, observamos que a contestação à formação discursiva dominante relativa à publicidade rompe parcialmente com o círculo da repetição, resultando na ressignificação de enunciações publicitárias e, por extensão, na premência da revisão e da reconfiguração do processo de produção do discurso publicitário.

Palavras-chave: discurso publicitário, discurso de resistência, interação.

Biografia do Autor

Fábio Hansen, Universidade Federal do Paraná | UFPR

Doutor em Letras pela UFRGS. Professor no Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM UFPR) na linha de pesquisa Comunicação, Educação e Formações Socioculturais. Autor do livro (In)verdades sobre os profissionais de criação: poder, desejo, imaginação e autoria. Pesquisador nos Grupos de Pesquisa certificados no CNPq: Ensino Superior de Publicidade e Propaganda e Estudos sobre Comunicação, Consumo e Sociedade.

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Publicado

2018-06-21

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres