Memórias da ditadura militar no jornalismo: matrizes de sentido nas narrativas sobre crianças vítimas de tortura
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2014.161.01Resumo
A proposta deste artigo é refletir sobre narrativas que remetem à memória da ditadura militar no Brasil por intermédio de um corpus de reportagens que circularam em veículos jornalísticos em 2013. Essas produções tratam de crianças que sofreram, ainda que indiretamente, as torturas promovidas pelos representantes oficiais do regime. Averiguando as falas dos entrevistados dessas matérias, pode-se apreender como o jornalismo constrói uma semântica comum que alinha as distintas experiências em uma mesma matriz de sentido. Tal matriz se alinha, por sua vez, à instalação da Comissão Nacional da Verdade no Brasil e se manifesta de duas formas nas reportagens: como um conjunto de tragédias pessoais que não alçaram a memória pública, mas que marcaram coletivamente a história da nação; e como sofrimentos que deixaram profundas lesões nas trajetórias de vida dos afligidos.Palavras-chave: ditadura militar, memória, jornalismo.
Downloads
Publicado
2013-09-30
Edição
Seção
Artigos de Temáticas Livres
Licença
Concedo a Revista Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos acima explicitadas.