Memórias da ditadura militar no jornalismo: matrizes de sentido nas narrativas sobre crianças vítimas de tortura

Autores

  • Marta Regina Maia Universidade Federal de Ouro Preto
  • Thales Vilela Lelo Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2014.161.01

Resumo

A proposta deste artigo é refletir sobre narrativas que remetem à memória da ditadura militar no Brasil por intermédio de um corpus de reportagens que circularam em veículos jornalísticos em 2013. Essas produções tratam de crianças que sofreram, ainda que indiretamente, as torturas promovidas pelos representantes oficiais do regime. Averiguando as falas dos entrevistados dessas matérias, pode-se apreender como o jornalismo constrói uma semântica comum que alinha as distintas experiências em uma mesma matriz de sentido. Tal matriz se alinha, por sua vez, à instalação da Comissão Nacional da Verdade no Brasil e se manifesta de duas formas nas reportagens: como um conjunto de tragédias pessoais que não alçaram a memória pública, mas que marcaram coletivamente a história da nação; e como sofrimentos que deixaram profundas lesões nas trajetórias de vida dos afligidos.

Palavras-chave: ditadura militar, memória, jornalismo.

Biografia do Autor

Marta Regina Maia, Universidade Federal de Ouro Preto

Professora Adjunta III do Departamento de Ciências Sociais, Jornalismo e Serviço Social, da Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente faz Residência Pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (2013-2014).

Thales Vilela Lelo, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestrando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na linha “Processos Comunicativos e Práticas Sociais”. Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Integrante do Grupo de Pesquisa “Jornalismo, Narrativas e Linguagens” (CNPq).

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Publicado

2013-09-30

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres