Do privado ao público:
o ciclo de violências exposto nas falas de filhas(os) de vítimas de feminicídios em relatos jornalísticos
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2024.261.07Resumo
O artigo analisa se e em que medida as falas de filhas e filhos de vitimas de feminicídios publicadas em relatos jornalísticos podem colaborar para deslocar para a esfera pública as violências ocorridas no âmbito privado e/ou familiar, contribuindo para ampliar a percepção social sobre o feminicídio como um crime de gênero. Partimos de uma discussão sobre as fontes de informação na cobertura jornalística de feminicídios, a relação entre vulnerabilidade e resistência proposta por Butler (2019) e dados indicando que filhas(os) geralmente presenciam e até vivenciam o ciclo de violências que antecede o feminicídio. O corpus é constituído por 12 relatos publicados pela rede NSC Comunicação, no período entre 2015 e 2021, nos quais aparecem depoimentos de filhos(as) com idade superior a 15 anos. A análise mostra que as falas deslocam, do âmbito privado para o público, a existência do ciclo de violências que antecede o feminicídio. No entanto, a violência de gênero não é problematizada nos relatos jornalísticos.
Palavras-chave: Cobertura jornalística; violência de gênero; fontes de informação.
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