Antropocentrismo e Comunicação: Análise dos GT da COMPÓS “Epistemologia da comunicação” e “Comunicação e Cibercultura” de 2017 a 2019

Autores

  • Andre Luiz Martins Lemos Professor titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pesquisador 1A do CNPq.
  • Elias Cunha Bitencourt Professor Adjunto Programa de Pós-graduação em Comunicação Universidade Federal da Bahia UFBA Professor Assistente (DE) Universidade do Estado da Bahia UNEB

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2021.231.04

Resumo

O artigo investiga os textos de dois GT da Compós: Epistemologia da Comunicação e Comunicação e Cibercultura. O objetivo é testar a hipótese de que o campo da comunicação no Brasil ainda é pouco sensível às teorias neomaterialistas, sendo que as abordagens sobre os objetos e o campo da comunicação são desenvolvidas a partir de um viés antropocêntrico. Foram analisados 60 artigos. Os dados mostram que, no corpus geral, 38% dos textos são antropocêntricos, sendo que desses, 27% estão no GT Comunicação e Cibercultura e 50% no GT Epistemologia da Comunicação. Os textos não antropocêntricos são 13% do corpus geral (sendo 13% em cada um dos GT). Embora a abordagem não probabilística usada na investigação não permita generalizar os achados, os resultados encontrados corroboram com a hipótese levantada, indicando que, apesar da emergente sensibilidade às abordagens neomaterialistas, o viés antropocêntrico ainda é majoritário.

Palavras-chave: Comunicação. Antropocentrismo. Compós. Neomaterialismo.

Biografia do Autor

Andre Luiz Martins Lemos, Professor titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pesquisador 1A do CNPq.

André Lemos (http://andrelemos.info) é Professor Titular do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBA. É engenheiro mecânico formado pela UFBA (1984), Mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela COPPE/UFRJ (1991) e Doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris V, Sorbonne (1995, bolsa do CNPQ). Foi Visiting Scholar nas Universidades McGill e Aberta, ambas no Canadá (2007-2008, bolsa de pós-doutorado pelo CNPq) e no Programmable City Lab na National University of Irlanda, Maynooth (Bolsa estágio Sênior, CAPES, 2015-2016). Membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCIBER). Diretor do Lab404 - Laboratório de Pesquisa em Mídia Digital, Redes e Espaço (http://lab404.ufba.br). É atualmente pesquisador "1 A" do CNPq, Membro do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD), Membro Ssuplente do CGI (Brasil), Membro do conselho acadêmico da Cátedra Julian Assage de Tecnopolítica e Cultura Digital (CIESPAL-Equador), Conselheiro substituto do Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (CONCITEC) e Membro do External Advisory Committee of DigiMedia (Digital Media and Interaction research centre) da Universidade de Aveiro, Portugal

Elias Cunha Bitencourt, Professor Adjunto Programa de Pós-graduação em Comunicação Universidade Federal da Bahia UFBA Professor Assistente (DE) Universidade do Estado da Bahia UNEB

Doutor em comunicação pela Faculdade de Comunicação FACOM/UFBA, com estágio sanduíche no Milieux Center/Concordia University, Canadá (CAPES/PDSE 88881.135543/2016-1); professor permanente no Programa de Pós-graduação em comunicação (POSCOM/UFBA); professor Assistente em regime de dedicação exclusiva na Universidade do Estado da Bahia - UNEB (2009 -presente momento). Mestre em cultura e sociedade pelo Instituto de Artes e Humanidades IHAC/UFBA (2014), especialista em design de interfaces pela Unifacs (2004), graduado em Desenho industrial com habilitação em programação visual pela Universidade do Estado da Bahia (2003). Atua como pesquisador nos grupos Comunidades Virtuais/UNEB e Lab404/UFBA. Atualmente, dedica-se às investigações nos campos: sociologia digital, métodos digitais, cultura digital, Teoria Ator-Rede e New Materialism. Os principais objetos de interesse e pesquisa são: a mediação algorítmica e a dataficação do cotidiano mobilizadas pelas redes de Internet das Coisas (IoT) e plataformas digitais.

Downloads

Publicado

2021-04-26

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres