Chamada Dossiê Interseccionalidade e Plataformas Digitais
CHAMADA DOSSIÊ INTERSECCIONALIDADE E PLATAFORMAS DIGITAIS
Editoras Convidadas:
Eloy Vieira (UNISINOS)
Fernanda Carrera (UFRJ)
Leila Sousa (UFMA)
Pablo Moreno Fernandes (UFMG)
Nos últimos anos, a perspectiva interseccional tem ganhado espaço em investigações que se detém a analisar como a discriminação pode ser articulada pelo encontro de duas ou mais estruturas de opressão em diversos ambientes. Indo além do ambiente acadêmico, o conceito tem sido apropriado por movimentos sociais e expresso em discursos, sobretudo a partir de plataformas digitais que congregam desde redes sociais, a aplicativos de comunicação instantânea e serviços. Nestes ambientes, fica evidente como as opressões atravessam e estruturam o cotidiano de muitos sujeitos, transformando as plataformas ao mesmo tempo em ambientes de opressão, como também em ferramentas de mobilização importantes num mundo cada vez mais calcado no digital.
A perspectiva interseccional foi amplamente disseminada pelas ideias da jurista e feminista negra norte-americana Kimberlé Crenshaw, que sistematizou o conceito de “interseccionalidade” em 1989 nos Estados Unidos. No Brasil e alguns anos antes, ainda na década de 1980, Lélia Gonzalez já denunciava os efeitos da dupla opressão do machismo e do racismo na vida de mulheres negras.
O debate sobre a interseccionalidade e seus efeitos cotidianos encontra nas plataformas digitais terreno fértil para a inclusão de experiências diversas e vivências concretas diante da particularidade de cada sujeito. Analisar e refletir como as plataformas digitais têm emergido como espaços de intenso debate sobre a perspectiva interseccional é o objetivo desse dossiê da Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos que se intitula “interseccionalidade e plataformas digitais”.
Neste sentido, sugerimos - mas não exclusivamente - os seguintes tópicos:
- Interseccionalidade, cidadania e redes sociais
- Feminismos e interseccionalidade em plataformas digitais
- Interseccionalidade para além da raça e do gênero
- Interseccionalidade e decolonialidade em rede
- Masculinidades e interseccionalidade
- Táticas, estratégias, invisibilidades e vigilância
- Migrações, diásporas e outros deslocamentos
- Infraestruturas digitais e interseccionalidade
- Articulação política, interseccionalidade e plataformas digitais
- Resistências e enfrentamentos interseccionais em plataformas digitais
- Plataformização e affordances no combate a opressões
- Interseccionalidade e Globalização
- Interseccionalidade e performances
- Interseccionalidade e consumo nas plataformas digitais
- Políticas de privacidade e proteção de dados
- Algoritmos, IAs e plataformização da opressão
- Metodologias e Interseccionalidade na prática
- Limitações e utopias interseccionais
DATAS CHAVE:
09 de Julho - Prazo para envio de resumos de 500 palavras mais título, cinco palavras-chave e mini-bio dos autores para revistafronteiras@gmail.com
30 de Julho - Resultado do processo de seleção dos resumos. A aprovação nesta fase significa que a proposta está apta para ser apresentada em formato de artigo completo e passar pelo processo de pareceres, podendo ser aceita ou rejeitada.
24 de Setembro - Prazo para envio dos artigos completos via sistema da revista Fronteiras. As diretrizes estão no site: http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/about/submissions