Filosofia Unisinos https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia <p>A revista <strong><em>Filosofia Unisinos</em></strong> é uma publicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, com periodicidade de três fascículos por ano de forma continuada, e tem como objetivo principal publicar artigos originais de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A política editorial segue a comunicação de pesquisa no <em>modus operandi</em> de Ciência Aberta. Textos podem ser redigidos em português, inglês ou espanhol.<span style="font-size: 0.875rem; font-family: 'Noto Sans', 'Noto Kufi Arabic', -apple-system, BlinkMacSystemFont, 'Segoe UI', Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, 'Helvetica Neue', sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Noto Sans', 'Noto Kufi Arabic', -apple-system, BlinkMacSystemFont, 'Segoe UI', Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, 'Helvetica Neue', sans-serif; font-size: 0.875rem;">Qualis/Capes A1.</span></p> pt-BR <p>Concedo a revista <strong><em>Filosofia Unisinos – Unisinos Journal of Philosophy </em></strong>o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).</p> <p>Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.</p> <p> </p> helfer@unisinos.br (Inácio Helfer) helfer@unisinos.br (Inácio Helfer) Mon, 14 Jul 2025 15:31:12 -0300 OJS 3.3.0.11 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Apresentação https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/28571 Inácio Helfer, Leonardo Marques Kussler; Luís Miguel Rechiki Meirelles Copyright (c) 2025 Inácio Helfer, Leonardo Marques Kussler, Luís Miguel Rechiki Meirelles https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/28571 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Usando a teoria das virtudes para definir ciência e conceitos relacionados https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27985 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Meu objetivo neste artigo é construir definições para o conceito de ciência e conceitos relacionados, recorrendo a conceitos de uma teoria de ética normativa: a teoria das virtudes. Na seção 1, introduzo alguns dos conceitos centrais da teoria aristotélica das virtudes e explico como tal teoria pode ser adaptada de maneira proveitosa no contexto da filosofia da ciência. Na seção 2, recorro ao conceito de virtude intelectual para caracterizar a ciência e ao conceito oposto de vício intelectual para caracterizar a pseudociência. Também ofereço uma caracterização de boa e má ciência a partir da definição de ciência, e construo definições de anticiência, protociência e ciência emergente em termos de theriotes, akrasia e enkrateia, respectivamente, e apresento algumas vantagens de minha teoria, incluindo sua capacidade em acomodar fatores psicológicos e sociais no desenvolvimento científico. Na seção 3, apresento e discuto dois projetos demarcatórios recentes assemelhados à minha proposta, enfatizando o que as distingue de minha teoria e o que penso serem as vantagens de minha teoria. Por fim, considero e respondo a uma objeção. Concluo argumentando que, se a teoria aqui exposta estiver correta, então a lição de Zagzebski à epistemologia se aplica igualmente bem à filosofia da ciência.</p> </div> </div> </div> Alexandre Ziani de Borba Copyright (c) 2025 Alexandre Ziani de Borba https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27985 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Motivos e teoria moral em Hume https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27458 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O sentimentalismo moral de Hume se assenta sobre a praticalidade da moralidade. Em função de que o objeto das “distinções morais” se apresenta em ações humanas, a vontade e os seus motivos são decisivos para a natureza dessas distinções. Após explicar o que é próprio à dimensão moral de uma ação, analiso o princípio que, segundo Hume, nos leva a “sair de nós mesmos” para que a moralidade das ações se constitua. Mas é somente sua operação do ponto de vista de um “espectador judicioso”, que é capaz de formar um juízo “estável das coisas” por pautá-lo pela influência e efeito das ações sobre as pessoas afetadas por elas, que nos faculta os termos morais que utilizamos para traçar nossas distinções morais. Argumento neste texto que essa base é suficiente para que a moralidade nos <span style="font-size: 0.875rem; font-family: 'Noto Sans', 'Noto Kufi Arabic', -apple-system, BlinkMacSystemFont, 'Segoe UI', Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, 'Helvetica Neue', sans-serif;">apresente os motivos para agirmos moralmente em relação às pessoas envolvidas nessa situação de apreciação moral. E a razão para tal é que a expansão sentimental constitutiva da moralidade é a expansão da nossa humanidade comum que não nos é indiferente. Desse modo, a teoria moral humeana dá sustentação à moralidade das ações. A conclusão é que a máxima de Hume se revela inconteste: precisamos supor “um motivo para a ação [moral] distinto de um senso de dever”. É o “princípio antecedente da humanidade que é meritório e louvável”.</span></p> </div> </div> </div> André Klaudat Copyright (c) 2025 André Klaudat https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27458 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Una lógica para la aceptación lógica https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26466 <p>En este artículo, desarrollo un análisis formal del concepto de aceptación lógica, extendiendo una propuesta de Lokhorst (1997). En el sistema formal que propongo, podemos representar la idea de que un agente acepta determinada oración o argumento como válidos. Para eso, utilizamos el aparato de la lógica epistémica. A modo de ejemplo, exploramos la posibilidad de aceptar o rechazar lógicas trivaluadas como LP o K3. Luego desarrollo una semántica para este sistema, utilizando ideas de la lógica modal no-normal. Hacia el final del artículo, muestro que en el sistema no sólo se puede representar la aceptación lógica y el rechazo, sino también las creencias sobre compromisos lógicos de otros agentes.</p> Diego Tajer Copyright (c) 2025 Diego Tajer https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26466 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Se sofremos por amor a culpa é do Platão https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26415 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O presente texto tem como objetivo inicial tecer uma leitura crítica ao conhecidíssimo diálogo de Platão, O Banquete, refletindo sobre as concepções de amor, sexualidade e afetividade que este texto apresenta e a maneira através da qual tais concepções penetraram e se desenvolveram na cultura ocidental. Esta crítica será feita em uma perspectiva pós-moderna, baseada no texto de Michel Onfray Théorie du corps amoureux, bem como de alguns fragmentos de Nietzsche que embasam o pensamento deste autor, entre outras referências que se demonstrem oportunas. Para isto o texto irá dividido em três partes distintas, a primeira reconstruindo em traços gerais os argumentos do texto de Platão, a segunda apontando as fragilidades destas concepções clássicas e a terceira direcionando o leitor para as alternativas disponíveis na contemporaneidade mediante tantas transformações nas formas de viver, de pensar e de amar que encontramos neste início de século XXI.</p> </div> </div> </div> Francisco Fianco Copyright (c) 2025 Francisco Fianco https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26415 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Charcot, desenhador da histeria https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27499 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Artigo dedicado a reconstruir, por meio de uma revisão biográfica e bibliográfica, o projeto científico-estético do hospital Salpêtrière da segunda metade do século XIX, com destaque para o interesse de Jean-Martin Charcot e colaboradores pela arte, especialmente pelo desenho como instrumento de pesquisa, nosografia, diagnóstico e ensino da histeria. Tem como objetivo mostrar que este interesse se efetivou na proposta de uma relação recíproca de influência e colaboração entre ciência médica e arte, conferindo à primeira a condição de crítica médica de arte, tendo como ideal artístico o naturalismo. Ele é finalizado com uma reflexão crítica que avalia os resultados de tal colaboração entre ciência e arte, bem como os desdobramentos dessa cooperação a partir do advento da psicanálise freudiana.</p> </div> </div> </div> Francisco Verardi Bocca Copyright (c) 2025 Francisco Verardi Bocca https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27499 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Zenão de Eleia e a (im)possibilidade do movimento https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27240 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O presente artigo pretende analisar o paradoxo da dicotomia de Zenão de Eleia, o primeiro dos argumentos contra o movimento, tendo em vista explorar as possibilidades refutativas do mesmo, mostrando, ao invés, que o movimento é possível. Para tal, utilizaremos sobretudo as análises presentes na Física de Aristóteles, socorrendo-nos dos conceitos aristotélicos de continuidade, contiguidade, e próximo em sucessão, bem como as refutações apresentadas por H. Bergson sobre a natureza do tempo e do espaço. Serão ainda analisados os pares conceptuais finito-infinito e as relações existentes entre a dualidade tempo-espaço.</p> </div> </div> </div> Gonçalo Branco Rosete Copyright (c) 2025 gonçalo branco rosete https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27240 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Tras las categorías ontológicas del pensamiento indígena desde la propuesta de las ontologías de la diferencia radical https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26948 <div class="page" title="Page 2"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Este artículo examina la importancia de la reflexión ontológica como marco de aproximación al pensamiento indígena y popular, y los posibles aportes que allí emergen para la construcción de una ontología en perspectiva latinoamericana. Con este propósito, en un primer momento se analiza la ontología heideggeriana y su crítica a la metafísica, horizonte este que posibilitó el surgimiento de las ontologías relacionales y de la diferencia radical como aquellas que reconocen la diversidad de perspectivas y la interconexión entre los diferentes elementos de la realidad. Posteriormente, posibilitados por estas ontologías relacionales y de la diferencia radical, nos aproximamos y proponemos una lectura del pensamiento indígena y popular en clave ontológica como aporte a la filosofía y la ontología en América Latina.</p> </div> </div> </div> Israel Arturo Orrego Echeverría, Julián Cárdenas Arias, Juan Cepeda H., Ana María León Forero, Jairo Alberto Merlo Pinzón Copyright (c) 2025 Israel Arturo Orrego Echeverría, Julian Cárdenas Arias, Juan Cepeda , Ana María León Forero, Jairo Alberto Merlo Pinzón https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26948 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 A filosofia da energia como campo interdisciplinar para pensar o Brasil https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27952 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>No artigo expomos a trajetória da proposição da construção de uma Filosofia da Energia para o Brasil. A pesquisa sobre Filosofia da Tecnologia nos levou a tentar compreender a relação entre energia e tecnologia, entre design técnico e fonte energética, e a relação entre forças produtivas, portanto, produção econômica e energia. Isto nos conduziu a formular um problema e buscar referências teóricas para enfrentá-lo. O artigo conta esta história. Nele propomos três aspectos para construir um quadro mínimo para a Filosofia da Energia: o tópico da Natureza, que aborda teorias biofísicas da energia e problemas epistemológicos para a construção do conceito de energia; o tópico da Cultura, que aborda a relação dos sistemas energéticos aos sistemas culturais; e o tópico da tecno economia que aborda o papel da energia na produção econômica e sua relação ao sistema energético caracterizado pelas fases de conversão, produção, consumo, criação que determinam o modo como as sociedades humanas se utilizam da energia, principal causa da crise climática.</p> </div> </div> </div> Jairo Dias Carvalho, Daniel Caixeta Copyright (c) 2024 Jairo Dias Carvalho, Dr. Daniel Caixeta https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27952 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Ética y física en Heráclito https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27670 <p>El presente artículo pretende señalar que en el pensamiento de Heráclito la ética se encuentra vinculada con la física. Esta idea es desarrollada a partir de tres momentos: 1) Se identifican los elementos fundamentales de la física en Heráclito, tales como el Logos, el fuego, la unidad entre opuestos y el devenir; 2) se determinan las características de la propuesta ética de Heráclito, resaltando la importancia que se otorga al alma en la ética griega y, finalmente, 3) se explora la relación entre ética y física, basándose en dos elementos centrales de la filosofía de Heráclito de Éfeso: la composición física del alma y la estructura universal del Logos.</p> Julian Ramiro Numpaque García Copyright (c) 2025 Julian Ramiro Numpaque García https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27670 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Exploraciones fenomenológicas de la paradoja del mentiroso. Un breve análisis de insolubilia. Eine logische studie über die grundlage der mengenlehre de A. Koyré https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27733 <p>Dada la importancia tanto de las paradojas lógicas en general, como de la obra Insolubilia. Eine logische Studie über die Grundlage der Mengenlehre de Koyré en particular, resulta necesario y fundamental estudiar (y por supuesto conocer) de manera rigurosa su análisis filosófico a propósito de la paradoja del mentiroso. El objetivo principal de este artículo es, pues, proporcionar breves observaciones críticas sobre los análisis de Koyré al respecto (segunda parte del artículo), enriqueciéndolos con una presentación de su formación fenomenológica (primera parte del artículo). En cierto modo, el reconocimiento que Koyré otorga a Husserl y su compromiso con la fenomenología lo condujeron a exploraciones <span style="font-size: 0.875rem; font-family: 'Noto Sans', 'Noto Kufi Arabic', -apple-system, BlinkMacSystemFont, 'Segoe UI', Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, 'Helvetica Neue', sans-serif;">(fenomeno)lógicas interesantes. Estas exploraciones, al proporcionar un enfoque inédito sobre las paradojas, le permitieron desarrollar una metodología de investigación propia que aquí conoceremos.</span></p> Luis Alberto Canela Morales Copyright (c) 2025 Luis Alberto Canela Morales https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27733 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 A enação da identidade mestiça em Pedro Páramo https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/28283 <div class="page" title="Page 2"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Pedro Páramo (1994 [1955]), de Juan Rulfo, é uma das obras mais emblemáticas da literatura mexicana e ocupa um lugar de destaque no cânone global do século XX. Apesar do amplo espectro de possibilidades interpretativas que oferece, há pouquíssimos estudos desta importante obra sob a perspectiva da cognição incorporada. Este artigo recorre ao vocabulário da filosofia contemporânea para abordar essa lacuna crítica, desconstruindo o conjunto de oposições binárias tradicionais articuladas por Rulfo, que inclui: corpo e mente, cognitivo e moral, imaginativo e perceptivo, místico e vivido, liberdade e responsabilidade, individual e social. Contudo, para fundamentar a relevância do aparato conceitual escolhido, retornamos a Aristóteles com o intuito de oferecer uma interpretação inovadora que também nos permita situar e correlacionar os projetos tanto universais (humanos) quanto particulares (mestiços) delineados pelo autor de Páramo. Demonstramos, por um lado, a utilidade das descrições universais aristotélicas sobre o ser humano e, por outro, suas limitações — notadamente o racionalismo e o otimismo — no contexto do mundo pós-colonial. Para modificar e expandir essa adaptação, refletimos sobre os movimentos específicos da alma mestiça, que privilegiam momentos corporificados de cognição e transgressão como formas próprias de cuidado da alma — uma alma que abarca aspectos individuais e socioculturais. Isso nos permite, por fim, abordar a questão de como se torna possível a enação e a mediação pós-logocêntrica da identidade mestiça.</p> </div> </div> </div> Mindaugas Briedis, Juan Carlos Carrillo Copyright (c) 2025 Mindaugas Briedis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/28283 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Naturalismo semântico e a normatividade do significado https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27661 <div class="page" title="Page 2"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O slogan “o significado é intrinsecamente normativo” é considerado por diversos filósofos como capturando uma característica essencial do significado linguístico. A normatividade do significado supostamente constitui um pré-requisito para teorias do significado. Em particular, tem-se objetado que teorias naturalistas do significado são falhas, posto que fatos semânticos são normativos, enquanto fatos naturais são descritivos. O objetivo deste artigo é avaliar duas teses conflitantes quanto à normatividade do significado, a saber, o prescritivismo e o antiprescritivismo semântico. Primeiramente, mostramos que apenas o prescritivismo semântico ameaça o naturalism semântico. Posteriormente, argumentamos a favor do antiprescritivismo semântico e mostramos que o principal argumento a favor do prescritivismo semântico – o argumento simples – é falho. Nossa conclusão é que a viabilidade do naturalismo semântico não é ameaçada pela normatividade do significado.</p> </div> </div> </div> Sérgio Farias Souza Filho Copyright (c) 2025 Sérgio Farias Souza Filho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27661 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Notas de leitura — Proust https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27731 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Tradução de um anexo presente na obra <em>L’institution, la passivité: notes de cours au Collége de France</em> (1954-1955), no qual Merleau-Ponty apresenta anotações de leitura sobre o romance <em>Em busca do tempo perdido</em>, de Marcel Proust.</p> </div> </div> </div> Tiago Nunes Soares Schweiger Copyright (c) 2025 Tiago Nunes Soares Schweiger https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/27731 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300 Resenha crítica de “Negritude sem identidade: sobre as narrativas singulares das pessoas negras”. São Paulo: Editora N-1, 2023 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26946 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Embora Negritude sem Identidade, de Érico Andrade, apresente uma crítica instigante à modernidade e uma valorização da singularidade da experiência negra, a obra levanta sérias questões teóricas e políticas. O uso ambíguo e indefinido do conceito de “identidade” compromete a clareza argumentativa, especialmente quando Andrade propõe a renúncia à identidade como estratégia de resistência. Tal proposta ignora o papel central que a identidade desempenha na coesão política, jurídica e histórica de grupos minorizados. Ao abrir mão desse conceito por falta de fundamento ontológico, corre-se o risco de desarmar pragmaticamente tais grupos na luta por direitos, reconhecimento e proteção legal. Além disso, a obra negligencia a inter-relação entre racismo e especismo, ignorando como ambos compartilham a mesma lógica excludente da modernidade. A crítica de Andrade ao racismo moderno não se estende ao seu antropocentrismo, reforçando, mesmo que involuntariamente, um paradigma que desqualifica outros seres com base em critérios arbitrários de racionalidade. Por fim, ao enfatizar o cor<span style="font-size: 0.875rem; font-family: 'Noto Sans', 'Noto Kufi Arabic', -apple-system, BlinkMacSystemFont, 'Segoe UI', Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, 'Helvetica Neue', sans-serif;">po e a performatividade como núcleo da experiência negra, o autor pode incorrer no mesmo erro que critica: o achatamento da singularidade, reproduzindo estereótipos que associam a negritude exclusivamente à corporeidade, em detrimento da diversidade intelectual e existencial de pessoas negras.</span></p> </div> </div> </div> Marcos Silva Copyright (c) 2025 Marcos Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26946 Mon, 14 Jul 2025 00:00:00 -0300