Penetração cognitiva e predicados do gosto: fazendo uma exceção à regra
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2021.221.02Resumo
A relevância da penetração cognitiva foi apontada em três campos dentro da filosofia: na filosofia da ciência, na filosofia da mente e na epistemologia. Este artigo argumenta que este fenômeno é também relevante para a filosofia da linguagem. Primeiro, defenderei que existem situações em que as regras éticas, sociais, ou culturais podem afetar as nossas percepções de gosto. Esta influência pode levar os falantes a proferir conteúdos contraditórios que os levam a discordar e, subsequentemente, a negociar as circunstâncias de aplicação dos predicados de gosto que utilizaram para descrever ou expressar as suas percepções de gosto. Depois, para explicar a dinâmica adequada destes casos, desenvolverei um quadro teórico baseado em dois elementos: a ideia lewisiana da pontuação de uma conversa (Lewis, 1979), e a taxonomia de Richard (2008) das diferentes atitudes que os oradores podem ter nas discordâncias de gosto. Em resumo, argumentarei que os oradores podem acomodar estes conteúdos contraditórios como exceções à regra que determina as circunstâncias de aplicação dos predicados de gosto.
Palavras-chave: Penetração cognitiva, Terreno comum, Circunstâncias de aplicação, Acomodação, Excepções, Pontuação da conversa, Predicados de gosto.
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