As novas biotecnologias e a questão antropológica: aspectos filosóficos
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2020.211.04Resumo
Retomando resultados de pesquisas anteriores, trata-se de formular a questão antropológica no contexto da filosofia contemporânea, ao ser desafiada pelas conquistas recentes da biomedicina, especialmente da genética molecular e das bioengenharias, em suas aplicações médicas e com outros fins. Especial atenção é conferida aos aspectos epistêmicos, ontológicos e éticos, ao enfatizar a capacidade das diferentes tecnologias, na esteira das diferentes equações do saber e do poder, de fazer e de gerar coisas, autorizando especulações filosóficas acerca do novo demiurgo e do geneticista a “brincar de Deus” (Playing God). Numa outra perspectiva, junto com os poderes da tecnologia, e em especial das biotecnologias, o debate filosófico contemporâneo está marcado por discussões cerradas acerca dos perigos e das ameaças das biotecnologias mais radicais e ambiciosas, como a CRISPR e a transgenia. Tais debates darão azo a propostas de moratórias e de controles mais estritos sobre os bioprodutos e os bio-hackers, levando as autoridades chinesas a banirem os dois geneticistas que editaram os gêmeos anti-HIV. Trata-se da face mais polêmica e dramática da filosofia moral contemporânea, cujos fundamentos são discutidos ao longo do artigo e serão desenvolvidos na sequência das investigações.
Palavras-chave: Filosofia, genética e bioengenharia; filosofia e questão antropológica; aspectos epistêmicos, ontológicos e éticos; biotecnologias, CRISPR e transgenia; demiurgia e brincar de deus; implicações morais.
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