Que tipo de determinação é compatível com que tipo de liberdade? – Uma resposta a Marcelo Fischborn
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2019.202.01Resumo
Embora concordando com a afirmação de Fischborn (2018) de que, segundo uma definição tradicional do compatibilismo, minha posição deveria ser classificada como a de um incompatibilista libertista, defendo aqui uma concepção diferente do compatibilismo, envolven- do, por um lado, a determinação causal local e probabilística das decisões (em lugar de um determinismo estrito universal) e, por outro, a vontade livre concebida como instanciada em decisões geradas por um processo decisório efetuado pelo cérebro, que considera conscientemente diferentes alternativas e poderia, em princípio, ter sido diferente do que foi, implicando que o agente poderia, em condições normais, ter agido diferentemente, nas mesmas circunstâncias. Após discutir diferentes perspectivas sobre a determinação causal (incluindo o determinismo) e sobre a vontade livre, faço uma revisão de algumas passagens de meus trabalhos anteriores, citadas por Fischborn. Concluo que o que é crucial na questão do (in)compatibilismo é a (in)compatibilidade entre a liberdade das decisões e a determinação causal natural das ações humanas. De acordo com essa visão mais flexível e, sustento, mais pertinente do compatibilismo, mantenho minha classificação anterior de minha posição sobre o assunto como compatibilista.
Palavras-chave: livre-arbítrio, vontade livre, compatibilismo, determinismo, responsabilidade moral.
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