Søren Kierkegaard sob o pseudônimo Johannes Climacus e Aurélio Agostinho acerca do tempo, da eternidade e da verdade
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2018.192.03Resumo
Apesar da importância de Aurélio Agostinho (354-430) para o meio intelectual no qual viveu Søren Kierkegaard (1813-1855), os estudos acerca das relações entre esses dois pensadores ainda são incipientes. Neste campo de investigação, uma das questões mais intrigantes é o fato de Kierkegaard aparentemente ter mudado sua apreciação sobre o Bispo de Hipona, passando da admiração na década de 1840 à desaprovação na década de 1850. Este artigo pretende examinar como os problemas da verdade e das relações entre tempo e eternidade, tais como abordados por Agostinho em suas obras As Confissões e O Mestre, estão fortemente relacionados à doutrina cristã da creatio ex nihilo, e como os argumentos desenvolvidos nesses livros de Agostinho podem ser lidos como pressupostos dos argumentos que sustentam a ideia kierkegaardiana de Paradoxo Absoluto, desenvolvida séculos mais tarde pelo filósofo dinamarquês em sua obra Migalhas Filosóficas, publicada sob o pseudônimo Johannes Climacus em 1844, quando o pensador de Copenhague parecia expressar ainda uma grande admiração pelo sacerdote romano-berbere da Antiguidade Tardia.
Palavras-chave: Kierkegaard, Agostinho, tempo, eternidade, verdade.
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