Entre o geral e o particular: objeções à teoria necessitarista das leis
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2018.192.02Resumo
Neste artigo, analiso a concepção das leis da natureza conhecida como teoria DTA. Conforme a proposta de Dretske (1977), Tooley (1977) e Armstrong (1983), as leis da natureza deveriam ser identificadas a relações de necessitação entre universais. Meu objetivo é argumentar que essa concepção não é capaz de fornecer uma resposta adequada a duas dificuldades centrais para qualquer visão realista das leis: o problema da identificação e o problema da inferência. Mais precisamente, sustento que tanto a teoria platonista dos universais de Tooley quanto a teoria aristotélica dos universais de Armstrong, ainda que ofereçam soluções elegantes ao problema da identificação, sucumbem diante do problema da inferência. Basicamente, esse problema consiste na tarefa de explicar como é possível que enunciados sobre relações entre universais abstratos acarretem enunciados sobre regularidades concretas. Defendo, ainda, que a raiz das dificuldades enfrentadas pela teoria DTA reside na distinção entre necessidade nomológica e necessidade metafísica, bem como na dissociação entre a natureza das propriedades e o seu perfil causal. Por fim, aponto que essas dificuldades não devem nos afastar da busca por uma teoria realista das leis da natureza.
Palavras-chave: leis da natureza, necessitação, problema da inferência, Tooley, Armstrong.
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