Conhecimento prático corporeificado como um processo construtivo: na direção de uma ideia mais complexa de mundo a partir da ação sobre ele
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2014.153.01Resumo
Conhecimento corporeificado, o qual pode ser rastreado até a filosofia de Immanuel Kant, é uma forma de perspectiva compatibilista (unitiva) acerca da relação problemática entre mente e mundo. A questão é que a ideia mesma de uma corporeificação, em parte, determina todos os processos cognitivos disponíveis para um organismo como o ser humano, uma vez que mente, corpo e mundo interagem e se infuenciam uns aos outros com o propósito de obter sucesso adaptativo em uma perspectiva darwiniana. Nesse sentido, eu gostaria de investigar como algumas ideias (especialmente a de ‘cognição prática’ - “conhecimento prático”, segundo Kant no prefácio de sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes), como a ideia de Deus (de totalidade, uma vez que toda cognição envolve unificação em um todo orgânico, coerente), de moral e assim por diante, poderiam ser parte de nosso aprendizado sobre o mundo. Em outros termos, em que sentido pensar, por exemplo, sobre Deus, moral, democracia, liberalismo, etc, é o resultado de nossa habilidade de interagir com nosso ambiente com o propósito de sermos uma espécie bem adaptada? A corporificação do conhecimento prático, bem como do teórico, é o resultado de nossa experiência sensório-motor, a qual, dada a plasticidade de nossos cérebros, nos capacitam para bem sucedidamente interagirmos com nosso ambiente. Em suma, “nosso” mundo, mesmo de um ponto de vista prático, não independe do observador: ele resulta de nossa ação sobre ele.
Palavras-chave: cognição, teleologia, moral.
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