Classes Naturais de Tropos
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2014.152.05Resumo
Douglas Ehring (2011) propôs uma concepção de classes naturais de tropos para cumprir as funções normalmente atribuídas a universais. As classes naturais de tropos podem evitar as dificuldades que afetam a clássica teoria dos tropos - como alegado por D.C. Williams e Keith Campbell - onde tropos são simples e, por si mesmos, são particulares e têm uma natureza intrínseca. As classes naturais de tropos são também preferíveis às primitivas classes de semelhança de tropos, porque elas podem não só explicar as características da relação de semelhança, como também podem fundamentar uma relação interna de semelhança entre tropos. Argumenta-se aqui que a concepção proposta aplica-se de forma muito diferente a depender se os tropos são concebidos como tropos modificadores ou como tropos módulos. No primeiro caso, tropos não podem ser agrupados diretamente em classes naturais, porque tropos não têm caráter intrínseco. Eles fundamentam o caráter de seu portador, mas eles mesmos são desprovidos de caráter. Assim, o caráter atribuído a um tropo devido à sua pertença a uma classe natural é dependente, por sua vez, das classes naturais ou das classes semelhantes em que os objetos que possuem esses tropos se inserem. No segundo caso, tropos têm um caráter. Deste modo, eles podem entrar “diretamente” em classes naturais. O problema, neste caso, porém, é que os tropos parecem ter muitos carácteres diferentes e parecem vulneráveis aos problemas tradicionais da “comunidade imperfeita” e da “companhia” que afetam a semelhança nominalista.
Palavras-chave: propriedades, tropos, classes naturais, classes de semelhança, problema da comunidade imperfeita, problema da companhia.
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