Proximidade segundo Lévinas: uma lógica para além do relativismo
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2014.152.03Resumo
Nesse artigo, buscamos fundamentar a ideia diretriz de que nem mesmo o contexto histórico-filosófico – a crise de sentido, que coincide com a desconstrução dos fundamentos da metafísica moderna, a ascensão da pós-metafísica, os estruturalismos e a afirmação do relativismo moral em nome de um pluralismo de sentidos – levou o filósofo lituano a renunciar à busca na mesma tradição filosófica da possibilidade de superação do impasse do relativismo da filosofia contemporânea. Talvez alguns leitores mais apressados vejam na pretensão de Lévinas de fundar a ética sobre uma relação irredutível ao conceito certa adesão ao relativismo, uma recusa a enfrentar o logos que sempre caminha para a consciência unificadora. Pensamos que comparar o pensamento levinasiano aos discursos relativistas é refutar o propósito crítico de sua linguagem, sua energia destruidora e desmistificadora. O pluralismo do ser não se produz como uma constelação exposta diante de um olhar possível, pois deste modo ele já se totalizaria, se consolidaria em entidade. O pluralismo se realiza na bondade que vai de mim ao outro. Parece que a intenção de Lévinas é questionar a primazia do teórico sem cair na prisão da multiplicidade.
Palavras-chave: ética, relativismo, crise de sentido, proximidade.
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