Manipular ou habitar? Merleau-Ponty e o paradoxo da ciência
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2013.141.07Resumo
A compreensão acerca do projeto fenomenológico que se estende de Husserl até seus herdeiros jamais esteve imune a interpretações díspares e, sobretudo, repletas de equívocos. Um dos esforços de Merleau-Ponty orientou-se sempre pelo afã de explicitar o estatuto daquele programa, especialmente quando se trata de descrever as relações entre a ciência e a filosofia. Merleau-Ponty diagnostica em ambas as disciplinas, uma sintomática crise quanto às suas razões de princípio. Esse resultado crítico tem ensejado, entretanto, certo pretexto de que a fenomenologia negligencia o saber positivo prescindindo, a rigor, de toda “objetividade” e “verificação” ou, ainda, de que estaria, tendenciosamente,“invadindo” o campo de atuação do cientista. É contextualizando tal controvérsia, que buscaremos avaliar o seu mérito, ou seja, medir o seu alcance e os seus limites, explicitando o real sentido da crítica fenomenológica à ciência e o seu desvio ontológico que a teria conduzido a um paradoxo sui generis.
Palavras-chave: Merleau-Ponty, fenomenologia, ontologia, ciência, crise, paradoxo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Concedo a revista Filosofia Unisinos – Unisinos Journal of Philosophy o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.