Mundo e alienação na obra de Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.4013/5362Resumo
Este estudo apresenta uma interpretação da reflexão de Hannah Arendt acerca do homem com um “ser do mundo” e sobre as mais gerais condições mundanas da existência humana. Nele é analisado de que modo, através do exame da inédita desmundanização totalitária, Arendt reconsiderou criticamente a “alienação” pré-moderna e moderna expressa de formas distintas tanto no quadro conceitual da filosofia política tradicional quanto na histórica ordenação hierárquica dos mais básicos engajamentos ativos (trabalho, fabricação e ação) e não-ativos (pensamento) do homem com o mundo. A alienação do mundo significa literalmente uma negação do cosmo (mundus, em latim), uma degradação de tudo que vincula o homem ao mundo humano e comum, ou ainda, um desequilíbrio na plena instituição e preservação do mundo, sobretudo do “lado público do mundo”. Este estudo almeja elucidar, portanto, em que medida os regimes totalitários desataram o fio da história ocidental, indicando o surgimento de novas experiências que, opacas à luz do legado filosófico tradicional, iluminam o passado e os “transes do nosso tempo”, ainda tão vigentes no trânsito das sociedades modernas para o século XXI.
Palavras-chave: Hannah Arendt, totalitarismo, ação, pensamento, ciência, tecnologia, filosofia política.Downloads
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