Liberdade e vontade em Locke

Autores

  • Marília Côrtes de Ferraz

DOI:

https://doi.org/10.4013/5027

Resumo

Este artigo visa à apresentação e análise interna do compatibilismo de Locke, ou seja, da tese lockeana de que a liberdade é compatível com a necessidade natural. Para tanto, é focalizado o capítulo Do Poder (cap. XXI, livro II do Ensaio sobre o Entendimento Humano), em que Locke examina os conceitos de liberdade e vontade. Este estudo pretende mostrar que, embora Locke, por vezes, pareça se comprometer com teses incongruentes com o compatibilismo, ele é, essencialmente, um compatibilista. A impressão de que Locke defende teses incompatibilistas é desfeita, quando ponderamos com atenção o seu argumento geral sobre vontade e liberdade. Locke defende textualmente que o voluntário não se opõe ao necessário. Como compatibilista, ele sustenta que a vontade não é livre. Assim, o homem livre não pode ser aquele que é livre para querer. Um homem considerado como agente livre é aquele que tem liberdade de ação e não liberdade da vontade.

Palavras-chave: liberdade, vontade, compatibilismo, escolha, necessidade.

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Publicado

2021-06-07

Como Citar

FERRAZ, M. C. de. Liberdade e vontade em Locke. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 10, n. 3, p. 291–301, 2021. DOI: 10.4013/5027. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/5027. Acesso em: 23 maio. 2025.