Progresso e regressão sob a dialética entre o particular e o universal
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2024.253.05Palavras-chave:
Adorno, Benjamin, Hegel, progresso, regressão.Resumo
Pretende-se nesse artigo confrontar as posições de Theodor Adorno e Friedrich Hegel acerca da concepção de progresso, inferidas do rearranjo adorniano das categorias de particular e universal, que depreendem da filosofia hegeliana. O propósito é expor a crítica de Adorno, formulada na Dialética negativa, à noção de Hegel de que o curso da história universal é a realização efetiva do progresso do espírito do mundo em suas figuras particulares. Para tanto, o particular e o universal serão tomados como categorias explicativas da crítica adorniana à totalidade e à sistematicidade, no intuito de realocar o particular no interior da dialética, enfatizando seu caráter não identitário e resistente à sistematicidade e às formas de totalidade com pretensões universalizantes; em seguida, evocar-se-á os elementos da filosofia da história de Walter Benjamin presentes no pensamento de Adorno, para que, por fim, se sustente a hipótese de que a marcha do espírito condiz menos com o progresso, porém, muito mais com a regressão, o que ocorre na medida em que o progresso se serve de uma narrativa que oblitera a violência e a dominação do universal sobre o particular, ao ocultar as contradições deflagradas no contexto da marcha da história do espírito do mundo.
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