Falar e coordenar-se

do social ao privado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2024.251.02

Palavras-chave:

fala privada, coordenação, comunicação fática.

Resumo

O paradigma informacional da comunicação estipula que agentes usam a fala para transmitir informação não-redundante a outros agentes. Se olharmos para a fala auto-direcionada e, em particular, para a fala privada, no entanto, nos deparamos com um claro contraexemplo: nela, os papéis de falante e ouvinte coincidem no mesmo agente. Meu objetivo aqui será, então, somar-me aos esforços de buscar um paradigma alternativo que explique a fala privada, em seus vários usos, intrapessoais e intersubjetivos. Para isso, considero dois candidatos: o paradigma disposicional e o deôntico, segundo os quais a fala serve, respectivamente, para gerar disposições e para negociar compromissos em ações coordenadas. Ao comparar os méritos de ambos, mostro que o segundo é preferível por conseguir explicar usos da fala privada com função fática mais facilmente que o primeiro. Tais usos evidenciam que a comunicação também pode voltar-se para aspectos de sua própria infraestrutura e da ação-entre-participantes. Lamentavelmente, eles vêm sendo negligenciados na literatura filosófica, embora pareçam ser peça-chave de qualquer resposta completa à pergunta “Por que falamos?”.

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Publicado

2024-03-26

Como Citar

BARBOSA, E. C. Falar e coordenar-se: do social ao privado. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 25, n. 1, p. 1–15, 2024. DOI: 10.4013/fsu.2024.251.02. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26260. Acesso em: 22 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos