Excesso, ausência e decepção das significações: uma reflexão ético-semântica a partir de um fato traumático da história argentina
DOI:
https://doi.org/10.4013/1000Resumo
A partir do fenômeno político do peronismo argentino tal como analisado por Verón e Sigal (2008), tecem-se algumas considerações críticas
de filosofia da linguagem e ética acerca do mesmo. O artigo sustenta que a cada um dos três períodos em que se pode dividir o fenômeno peronista correspondem três tipos diferentes de enunciação: ao período da ascensão ao poder, o excesso das significações; ao período de exílio, a ausência de significações; e ao período da queda, a decepção das significações. Defendese o caráter metapragmático destes três tipos de discursos à luz da teoria da conversação de Paul Grice, na medida em que eles ultrapassam os referenciais racionalistas e moralistas desta teoria, colocando em jogo aspectos afetivos e retóricos que não encaixam no modelo do “desvio de máximas”, mostrando que a análise discursiva de Verón/Sigal se perfila como mais apropriada que a pragmática para analisar fenômenos ético-linguísticos complexos tais como o peronismo argentino.
Palavras-chave: significação, peronismo, ética, pragmática, Grice.
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