CEM ANOS DE SOLIDÃO: A NARRATIVA MÍTICA PELO VIÉS LINGUÍSTICO E POÉTICO

Autores

  • Marlete Sandra Diedrich Universidade de Passo Fundo
  • Cristiane de Oliveira Eugenio Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.4013/entr.2018.12.2.04

Palavras-chave:

Metáfora, Metonímia, Função poética

Resumo

Este artigo foi desenvolvido a partir da análise de aspectos do clássico da literatura mundial “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Os objetivos deste trabalho são identificar como a seleção e a combinação de unidades linguísticas (JAKOBSON, 2010) contribuíram para a construção de alguns aspectos da narrativa fantástica, aproximando os estudos linguísticos dos relacionados à função poética. Além disso, buscou-se atentar às particularidades relacionadas à arbitrariedade do signo linguístico de Saussure (2010), combinado de maneira colaborativa no eixo da combinação e seleção, construindo metáfora e metonímia no romance de 1967. Com esta análise, foi possível perceber que a narrativa de Gabriel García Márquez é uma metáfora da própria condição do povo latino, lançando mão de construções míticas (ELIADE, 1994) para criar os efeitos de sentido metonímicos inerentes à existência daquele clã.  Desta forma, o simulacro de arbitrariedade absoluta atribuída a alguns signos na obra e a sobreposição das similaridades à contiguidade fazem de “Cem Anos de Solidão” uma obra de caráter literário e linguístico.

Biografia do Autor

Marlete Sandra Diedrich, Universidade de Passo Fundo

Professora do Curso e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo.

Cristiane de Oliveira Eugenio, Universidade de Passo Fundo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo, professora de Língua Portuguesa da Educação Básica.

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Publicado

2018-12-30