Ciências e técnicas do medo: o contraponto de Albert Camus ao medo e à violência como políticas de Estado

Autores

  • Emanuel Germano

Palavras-chave:

História, Estado, Técnica, Engajamento, Política

Resumo

O estudo de um conjunto de conferências de Albert Camus, em 1946, em meio à depuração francesa e às expectativas revolucionárias típicas de seu tempo, permite entremostrar a repercussão última de sua filosofia multi-expressiva, a saber, um engajamento ético e político lúcido em relação à preservação da vida efetiva, em sua fragilidade radical, como compromisso assumido frente às exigências endossadas pelas doutrinas e filosofias da ordem, da eficácia, do progresso ou da indiferença à história. Notaremos, também, a inscrição da imagem no projeto ético e filosófico de Camus, que inclui o testemunho dos dramas de seu tempo: trata-se, em efeito, do esboço de uma política “anti-platônica” da narração. Por fim, poder-se-á avaliar o rigorismo hamanista da concepção de engajamento intelectual de Albert Camus – o pensador necessita “embarcado em seu tempo”, “testemunhar” contra “a peste” da indiferença.

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Publicado

2013-09-13

Como Citar

GERMANO, E. Ciências e técnicas do medo: o contraponto de Albert Camus ao medo e à violência como políticas de Estado. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 6, n. 2, p. 26–42, 2013. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/5205. Acesso em: 4 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos