Ontologia social aplicada ao armário

a objeção de Andler à teoria conferista de Ásta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/con.2025.212.10

Palavras-chave:

Gênero. Queer. Ontologia social. Categorias sociais.

Resumo

Na filosofia analítica, precisamente na metafísica feminista, questões sobre a definição e fundação de categorias sociais são alvo de debate. Nessa subárea, formou-se um debate dividido entre teorias de posição social e teorias baseadas em identidade. Teorias de posição social entendem categorias sociais por meio de limitações e liberdades que são socialmente atreladas a um indivíduo. Por outro lado, teorias baseadas em identidade focam em experiências inerentes ao sujeito para responder essa questão. O presente texto centra-se em uma crítica realizada à teoria de posição social desenvolvida por Ásta. A crítica sugere uma incapacidade na categorização de identidades sexuais queer de indivíduos no armário, o que implica na sua exclusão sistemática de espaços queer. Na teoria de Ásta, categorias sociais são concebidas como sendo variáveis de acordo com o contexto onde a conferência delas ocorre. De acordo com Andler, esse modo de conceber categorias sociais leva a exclusão de pessoas com identidade sexual queer, pois pressupõe que o indivíduo apresente determinada orientação sexual para a conferência de determinada identidade sexual. Porém, como demonstrado neste texto, Ásta não postula a relação entre orientação sexual e identidade sexual como inerente ao processo de conferência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2025-08-27

Como Citar

IMMICH, L. T. Ontologia social aplicada ao armário: a objeção de Andler à teoria conferista de Ásta. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 21, n. 2, p. 150–163, 2025. DOI: 10.4013/con.2025.212.10. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28339. Acesso em: 9 set. 2025.