O tribalismo e as condições para o estreitamento moral sob lentes humeanas
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2023.191.02Palavras-chave:
Tribalismo. Extremismo. Cooperação. Moral. David Hume.Resumo
O tribalismo pode ser visto como um instinto enraizado em nossa psicologia, uma vez que a habilidade humana de coalizão possibilitou a sobrevivência da nossa espécie. Nossas sociedades evoluíram com a cooperação utilizando a mais sofisticada ferramenta interpessoal: a moral. A despeito do tribalismo, humanos também foram capazes de criar morais inclusivas, alargando o círculo moral. Contudo, conflitos contemporâneos mostram que tribalismos excludentes intrassociais não desaparecem facilmente. Nesse trabalho pretendo delimitar as condições que permitem um regresso ao tribalismo excludente; um tribalismo que adota uma moralidade seletiva e corrompe o potencial de uma moral inclusiva. Este artigo explora a seguinte pergunta: como crenças separatistas são avivadas e estimulam grupos da mesma sociedade a excluírem outros grupos do seu círculo moral? Esse trabalho combina teorias evolucionárias, experimentos da psicologia social com alguns pressupostos de David Hume e sua explicação sobre a formação das nossas crenças. O objetivo é elucidar o processo que viabiliza o estreitamento moral característico do tribalismo. O resultado é um trabalho introdutório sobre a identificação de domínios situacionais, disposicionais, epistêmicos e morais, elementos que possuem o potencial de alterar juízos cognitivos e morais, desencadeando um regresso ao tribalismo excludente e a um consequente estreitamento moral.
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