Codependência, Problemas Psicológicos e Tempo de Exposição a Pais com Histórico de Dependência de Substâncias Psicoativas: Apontamentos

Autores

  • Cintia Maria Rosa Faria da Costa Universidade Federal de São Paulo
  • Nancy Ramacciotti de Oliveira-Monteiro Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2020.133.01

Resumo

O conceito de codependência é controverso, reportando-se a dificuldades psicológicas de familiares de dependentes de substâncias psicoativas, bem como abrangendo contextos de desestruturação familiar não associados à dependência dessas substâncias. A pesquisa teve por objetivo avaliar codependência e problemas internalizantes e externalizantes em adolescentes, filhos de pais com histórico de dependência a substância psicoativa, segundo sexo, e possível correlação entre codependência e tempo de exposição a esse membro da família, também segundo sexo. O estudo avaliou 30 adolescentes, de 13 a 18 anos, em um município do Estado de São Paulo, Brasil. Com o uso da Escala Spann-Fischer de Codependência e do Youth Self Report, foi verificada forte correlação entre a codependência e problemas psicológicos nas meninas. Ademais, foi encontrada forte correlação positive entre codependência e exposição intermitente ao familiar dependente de substâncias psicoativas, para meninos da amostra. Para meninos e meninas, não houve correlação entre codependência e exposição contínua ao familiar dependente, o que sugere que a codependência transcende a mera presença da pessoa com histórico de dependência de substâncias psicoativas.

Biografia do Autor

Cintia Maria Rosa Faria da Costa, Universidade Federal de São Paulo

Mestra em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da UNIFESP (2017), graduada em Psicologia pela UFSJ (2004) e especialista em Psicopedagogia no Processo Ensino-Aprendizagem pela CEUCLAR (2007). Vinculada ao Laboratório de Psicologia e Desenvolvimento Humano da Unifesp, possui experiência nas áreas da assistência social, saúde e educação. Atualmente é psicóloga da prefeitura de Santos. Trabalhou na Prefeitura de Pindamonhangaba de 2006 a 2018, tendo atuado na implantação e implementação dos CRAS-Centro de Referência de Assistência Social, e atualmente, na execução de ações do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF): acolhida, oficinas com famílias, ações particularizadas, ações comunitárias e encaminhamentos. Possui experiência na coordenação de reuniões socioeducativas e grupos de convivência. Já atuou na articulação de ações junto à política de Assistência Social e às outras políticas públicas, tendo sido coordenadora de CRAS.

Nancy Ramacciotti de Oliveira-Monteiro, Universidade Federal de São Paulo

Psicóloga

Professora Associada

Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de Sáo Paulo

Coordenadora do Laboratório de Psicologia Ambiental e Desenvolvimento Humano

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Publicado

2021-03-15

Edição

Seção

Artigos