O brincar na psicoterapia psicodinâmica de uma criança com sintomas externalizantes: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2019.122.01Resumo
O objetivo deste artigo foi investigar o brincar na psicoterapia psicodinâmica de uma criança com sintomas externalizantes. Empregou-se delineamento misto e a abordagem de estudo de caso sistemático. Todas as sessões foram filmadas e avaliadas com o Child Psychotherapy Q-Set (CPQ). Os itens referentes ao brincar foram analisados quanto às suas médias e correlações com o tempo de tratamento. O relato da psicoterapeuta compôs a análise qualitativa. Durante os períodos inicial e intermediário, os instrumentos indicaram uma criança resistente, com intolerância à frustração, fortes sentimentos de irritação e agressividade, além de ter dificuldades em explorar os conteúdos relacionados aos problemas e grande oscilação comportamental, características que se refletiam em seu brincar. A psicoterapeuta, por sua vez, mostrou-se afetivamente engajada, sensível, e flexibilizou a técnica. No decorrer do tratamento, o paciente passou a mostrar maior engajamento nas atividades e um brincar mais fluido, espontâneo e simbólico, possibilitando a elaboração de conteúdos internos e impulsos agressivos, evidenciando melhora na capacidade de regulação emocional. As mudanças na psicoterapia não ocorreram de forma linear, identificando-se movimentos de evolução e regressão ao longo do processo.
Palavras-chave: brincar. psicoterapia psicodinâmica. sintomas externalizantes.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo à revista Contextos Clínicos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista). Afirmo que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação, ainda não foi publicado na íntegra e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo. Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Contextos Clínicos acima explicitadas.