A influência da depressão pós-parto sobre as práticas educativas parentais

Autores

  • Verônica Rodrigues Mangili Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2018.113.03

Resumo

A saúde emocional materna é um dos fatores mais importantes para a interação mãe-bebê e, consequentemente, para o desenvolvimento infantil. Este estudo comparou as práticas educativas parentais de mães de bebês com e sem indicadores de depressão pós-parto e correlacionou essas variáveis para cada grupo. Para investigar os indicadores de depressão pós-parto, 60 mães de bebês responderam à Edinburgh Post-Partum Depression Scale (EPDS). As práticas educativas parentais foram identificadas por meio do Inventário de Estilos Parentais para Pais e Mães de Bebês (IEPMB). Os resultados da comparação das práticas parentais de mães com sintomas de depressão pós-parto (G1) e mães sem sintomas (G2) indicaram que as mães do G1 emitiram significativamente mais práticas de “punição inconsistente” (p=0,001) e “disciplina relaxada” (p=0,037) do que as mães do G2. A presença de sintomas de depressão pós-parto também foi correlacionada negativamente com a prática de “monitoria positiva” (p=0,048) e negativamente com as práticas de “punição inconsistente” (p=0,001) e “disciplina relaxada” (p=0,01). Os dados obtidos agregam informações sobre práticas educativas de mães de bebês e a saúde emocional materna, auxiliando na elaboração de intervenções que ofereçam apoio terapêutico às mães com transtornos psicológicos do puerpério, evitando seus efeitos sobre suas práticas e, consequentemente, sobre o desenvolvimento do bebê.

Palavras-chave: práticas parentais, depressão pós-parto, desenvolvimento infantil.

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Publicado

2018-11-23

Edição

Seção

Artigos