Patologias alimentares: um desafio interdisciplinar

Autores

  • Camila Peixoto Farias Universidade Federal de Santa Maria
  • Alberto Manuel Quintana UFSM
  • Luísa da Rosa Olesiak UFSM

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2017.102.05

Resumo

Na clínica psicanalítica atual, bem como nos diversos serviços de atenção à saúde, temos nos deparado com significativa incidência de patologias alimentares. Nesse contexto, ganham destaque os efeitos violentos do sofrimento psíquico sobre o corpo e sobre o comportamento, o que evidencia a importância do trabalho interdisciplinar nesses casos. Neste estudo, objetivou-se conhecer como médicos e nutricionistas pensam o trabalho interdisciplinar que o tratamento das patologias alimentares exige. A coleta de dados foi realizada em um hospital universitário do interior do Rio Grande do Sul. Realizou-se um total de 18 entrevistas individuais semiestruturadas com médicos e nutricionistas. Todas as entrevistas foram exploradas a partir da análise de conteúdo, o que possibilitou o levantamento de questões fundamentais, discutidas sob a perspectiva da Psicanálise. As determinações da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que normatiza as condições das pesquisas que envolvem seres humanos foram respeitadas. A análise das entrevistas conduziu à interdisciplinaridade como eixo principal em torno do qual os dados foram discutidos. Os aspectos que se destacaram são a valorização do trabalho interdisciplinar, o desafio de dialogar com profissionais que trabalham com diferentes concepções de corpo, a formação precária e a preponderância do cuidado fragmentado.

Palavras-chave: anorexia, bulimia, psicanálise.

Biografia do Autor

Camila Peixoto Farias, Universidade Federal de Santa Maria

Psicóloga/ Psicanalista
Mestre e Doutora  em Teoria Psicanalítica pelo Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ
Pós-doutoranda e Professora colaboradora do  Programa de Pós-graduação e do curso de Psicologia da UFSM e
Tutora de Núcleo do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde/UFSM.

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Publicado

2017-12-04

Edição

Seção

Artigos