Ao escrever, inscreve-se um sujeito

Autores

  • Salue Josielen Farinon
  • Rudimar Mendes Faculdade da Serra Gaúcha (FSG)

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2016.91.11

Resumo

Este artigo tem por objetivo buscar elementos que sustentem a investigação sobre a função da escrita, como recurso terapêutico no tratamento da psicose, considerando por questão central o que o sujeito da psicose tem a dizer através da escrita. Valendo-se do método psicanalítico,constata-se a possibilidade de se movimentar pelas vias de acesso ao inconsciente. Este trabalho é de caráter exploratório, no qual a coleta dedados foi feita a partir da participação da pesquisadora e também coordenadora de uma Oficina de Escrita em um CAPS I, fazendo uso da produção textual de uma usuária, do diário metapsicológico de campo e da escuta singularizada para a construção de um estudo de caso de psicose paranoica. Tem-se por referencial teórico os estudos freudo-lacanianos,bem como autores contemporâneos que nos propõem um entendimento diferencial da clínica da psicose e da escrita enquanto dispositivo de emergência subjetiva. O levantamento bibliográfico e a análise de fala se estimularam a compreensão da função da escrita na vivência da usuária da saúde mental em relação a seu sinthoma. Dessa forma, pôde-se constatar que a escrita, no caso estudado, proporcionou a inscrição do sujeito da psicose, facilitando a construção de laços e favorecendo o reconhecimento enquanto portador de uma fala.

Palavras-chave: psicose paranoica, escrita, saúde mental, psicanálise.

Biografia do Autor

Salue Josielen Farinon

Psicóloga

Especialista em Saúde Mental e Coletiva

Rudimar Mendes, Faculdade da Serra Gaúcha (FSG)

Psicólogo e psicanalista

Mestre em Filosofia

Professor na graduação em Psicologia e pós-graduação

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Publicado

2015-10-09

Edição

Seção

Artigos