Abuso sexual na infância e suas repercussões na satisfação sexual na idade adulta de mulheres vítimas

Autores

  • Cris Aline Krindges Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Davi Manzini Macedo Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luísa Fernanda Habigzang Pontifícia Universidade Católica

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2016.91.05

Resumo

Objetivou-se realizar uma revisão narrativa da literatura a respeito de abuso sexual na infância (ASI) e suas repercussões na satisfação sexual na idade adulta de mulheres vítimas. Sabe-se que o ASI é fator importante na etiologia de transtornos psicológicos, contudo, suas repercussões para a sexualidade adulta são pouco discutidas na literatura nacional. Neste artigo, são apresentadas as principais contribuições da literatura científica para a compreensão dessa relação. Na ausência de relações de causalidade, aponta- se a influência de variáveis mediadoras entre o ASI e a satisfação sexual na idade adulta, tais como: características do abuso sexual, estratégias de coping utilizadas pelas vítimas, emoções e cognições associadas ao trauma, mecanismos de resposta ao estresse e componentes do funcionamento sexual. Implicações clínicas acerca do impacto da vitimização sexual na infância sobre a capacidade de estabelecimento e manutenção de relações íntimas e saudáveis na vida adulta são discutidas.

Palavras-chaves: abuso sexual na infância, satisfação sexual, mulheres vítimas.

Biografia do Autor

Cris Aline Krindges, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2014). Atualmente cursa Mestrado em Psicologia Clínica pela PUCRS e faz parte do Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas (GPEVVIC) também pela PUCRS. Possui experiência em Psicoterapia e suas áreas de interesse são: violência, abuso sexual, satisfação sexual.

Davi Manzini Macedo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo.Foi durante dois anos e quatro meses bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET), vinculado ao MEC.Cumpriu um semestre letivo do curso de Psicologia na Universidade do Minho, situada em Braga, Portugal. Atualmente, é pós-graduando do PPG Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob a orientação da Profª Drª Silvia Helena Koller e coorientação da Prof.ª Dr.ª Luísa F. Habigzang.. Membro do Centro de Estudos Psicológicos Rua (PPG Psicologia - UFRGS) e do Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas (PPG Psicologia - PUCRS). Pesquisador dos temas infância, adolescência, violência e vulnerabilidade.

Luísa Fernanda Habigzang, Pontifícia Universidade Católica

Possui graduação em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003). Realizou seu Mestrado (2006), Doutorado (2010) e Pós-Doutorado (2014) no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Coordenou o CEP-RUA/NH, programa de pesquisa e atendimento psicológico para vítimas de violência sexual (2005-2013). Foi membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Psicologia (2012-2013). Atualmente é professora adjunta no Curso de Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). É coordenadora do Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas (GPEVVIC/ PPG em Psicologia/ PUCRS) e do Núcleo de Atendimento em Psicologia Jurídica (NAPSIJUR) do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP/ PUCRS). Atua como professora no curso de especialização em terapia cognitivo comportamental (PUCRS). É co-coordenadora do grupo de trabalho da ANPEPP "Tecnologia social e inovação: intervenções psicológicas e práticas forenses contra a violência de crianças e adolescentes". É membro da comissão editorial da Revista Temas em Psicologia e editora associada da Revista Psico PUCRS. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase no desenvolvimento em situação de risco e vulnerabilidade social, e na clínica com enfoque cognitivo-comportamental. Atua principalmente nos seguintes temas: violência sexual contra crianças e adolescentes, violência contra mulheres, desenvolvimento humano em situação de vulnerabilidade psicossocial, desenvolvimento e avaliação de programas de intervenção psicológica e desenvolvimento e avaliação de programas de treinamento para profissionais que atuam em situações de violência.

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Publicado

2016-01-19

Edição

Seção

Artigos