Adoção tardia: percepções dos adotantes em relação aos períodos iniciais de adaptação

Autores

  • Amanda Bicca Psicóloga do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, especialista em Psicologia Clínica Gestáltica (Instituto Muller Granzzotto) e em Psicologia Jurídica (Unochapecó).
  • Luciana Suárez Grzybowski Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2014.72.04

Resumo

O período de adaptação, em uma adoção, traz algumas características próprias, que geram desafios para a família. Nas adoções de crianças com idade acima de dois anos, tal período pode se apresentar ainda mais complexo, sendo sua superação fundamental para o êxito da adoção. Dessa forma, foi realizado um estudo com três casais que realizaram adoção de crianças com mais de dois anos de idade, com o objetivo de conhecer sentimentos, percepções, dúvidas, anseios, dificuldades e alegrias vivenciadas nos primeiros tempos de convivência das famílias constituídas pela adoção. Nesses casos de adoção tardia, a análise das entrevistas com os casais revelou que muitos fatores contribuíram para o sucesso da adaptação inicial e da adoção como um todo, com destaque para as características dos adotantes e das crianças. Da parte da criança, mostrou-se positivo o fato de ela já saber de sua história de adoção e de ter consciência do rompimento com a família de origem. Em relação aos adotantes, os aspectos facilitadores foram a fl exibilidade em relação às peculiaridades da adoção de crianças maiores e o respeito às suas características, sua capacidade de demonstrar afeto, a postura de naturalidade em relação à adoção, a inserção da criança nas atividades sociais da família e o apoio da família extensa. Não foram referidos pelos entrevistados fatores dificultadores da adaptação em si, mas os casais citaram a demora para a concretização da sentença de adoção como fator gerador de ansiedade. O estudo mostrou uma faceta positiva da adoção tardia, evidenciando o potencial de viabilidade e o êxito nessas situações.

Palavras-chave: adoção tardia, família, adaptação.

Biografia do Autor

Amanda Bicca, Psicóloga do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, especialista em Psicologia Clínica Gestáltica (Instituto Muller Granzzotto) e em Psicologia Jurídica (Unochapecó).

Psicóloga do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, especialista em Psicologia Clínica Gestáltica (Instituto Muller Granzzotto) e em Psicologia Jurídica (Unochapecó).

Luciana Suárez Grzybowski, Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Psicóloga

Doutorado em Psicologia (PUCRS)

Pós-Doutorado em Psicologia (UFRGS)

Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da UFCSPA

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Publicado

2014-07-31

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Família