Disfuncionalidades das Famílias Contemporâneas: queixas que levam à psicoterapia familiar

Autores

  • Anna Paula Knewitz Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Mariana Gonçalves Boeckel Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2022.151.01

Resumo

Este estudo retrospectivo documental quanti-qualitativo buscou identificar as principais características e demandas dos pacientes que procuram por psicoterapia familiar. Participaram 67 famílias atendidas em uma clínica-escola do Sul do Brasil entre 2017 e 2020. Os dados foram coletados de fichas de triagem e submetidos a análises descritivas e à análise de conteúdo. Os resultados abordam três categorias: variáveis familiares e sociodemográficas; história clínica e processo de busca por ajuda; e problema apresentado. Foi constatado como perfil predominante famílias da classe social C, com configuração familiar intacta, que têm filhos pequenos ou adolescentes e ao menos um integrante com problema de saúde mental, em especial transtornos de humor. A maioria das famílias foi encaminhada por amigos ou profissionais de saúde, após passar por outros tratamentos, muitas vezes medicamentosos. Como queixas mais recorrentes, apareceram insatisfação com o relacionamento familiar, preocupação com a condição psicológica de um membro do grupo ou dificuldades na parentalidade. Os achados apontam alguns pilares que devem ser pensados por cientistas e profissionais interessados em compreender as famílias contemporâneas e auxiliam no delineamento dos currículos dos cursos de formação e no planejamento de estratégias de prevenção e intervenção, contribuindo para a atualização teórica e para a evolução do exercício clínico.

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Publicado

2022-05-23

Edição

Seção

Artigos