Analisando a trajetória das metrópoles industriais às cidades-jardins: os ideais utópicos transformados em cidades-dormitórios
DOI:
https://doi.org/10.4013/arq.2014.102.01Resumo
O presente artigo percorre as transformações urbanas que ocorreram em função da degradante qualidade de vida oferecida pelas cidades da época da Revolução Industrial. A insatisfação com as péssimas condições de higiene e poluição atmosférica fizeram com que vários teóricos, urbanistas e pesquisadores desenvolvessem princípios utópicos que fundamentaram mais adiante o surgimento das cidades-jardins. Tais princípios que ligavam a preservação das áreas naturais com o crescimento das cidades buscavam o aumento da qualidade de vida das pessoas, não somente das classes mais abastadas, mas também do proletariado tão marginalizado na era industrial. Entretanto, muitos desses ideais utópicos nunca saíram da etapa de projeto, já que grande parte das aglomerações urbanas organizadas em prol de tais princípios acabou por não se manter como o planejado devido a questões de competitividade e civilidade entre os habitantes. Assim, dentro desse contexto, surgem os subúrbios norte americanos que marcaram o nascimento das cidades-dormitórios, que hoje caracterizam a dependência em relação ao automóvel e muitas vezes a baixa qualidade de vida de muitos trabalhadores que dependem de uma infraestrutura de transporte público completamente defasada em relação à demanda de usuários. Traça-se, portanto, um paralelo aos problemas hoje vivenciados por muitas cidades a fim de estimular discussões acerca das origens dos fenômenos contemporâneos de crescimento urbano que assolam a urbes, bem como a busca por soluções que muitas vezes remetem aos ideais utópicos já defendidos desde o século XIV.
Palavras-chave: utopia, cidade-jardim, cidade-dormitório.
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