A diversidade linguística como questão de governo
Resumo
O artigo visa refletir a respeito do papel dos discursos e saberes sobre a diversidade linguística no âmbito da razão do Estado. Trata-se de averiguar a maneira pela qual, no Brasil, se tem, desde o período colonial até os dias atuais, uma ‘vontade de saber’ sobre a diversidade linguística operando no interior do dispositivo colonial e do governo estatal. Para tanto, discorre-se sobre o nascimento dos estados modernos a partir de sua racionalização na Europa e a relação desses estados com os domínios religiosos e científicos. Procede-se a uma análise panorâmica das práticas e dos discursos sobre a diversidade linguística em contexto brasileiro entre os séculos XVI e XXI. Argumenta-se, por fim, que a defesa da diversidade linguística não implica, necessariamente, a promoção da diversidade discursiva, ou seja, da diversificação de culturas, de formas de ser, de pensar e de agir no mundo.
Palavras-chave: diversidade linguística, racionalidade, governo, discurso.
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